Um monge cuidava da horta quando o anjo da morte chegou para busca-lo.
__Não dá para esperar um pouco? __Pediu-lhe o monge. __Meus companheiros precisam dessas verduras.
O anjo consentiu e foi-se embora.
Anos depois, o anjo da morte retornou e o monge limpava a cozinha, pois os cozinheiros estavam viajando.
__Será que não dá para deixar a minha partida para outra hora? __de novo o monge pediu. __A comunidade não vai dar conta desse serviço.
O anjo concordou e se retirou.
Meses depois, quando o anjo da morte voltou, uma terrível epidemia afligia a aldeia, e era o monge quem cuidava dos doentes. Mas dessa vez, nada pediu ao anjo, que compreendeu a situação e se retirou.
Anos se passaram, e o monge, fraco e doente percebeu que o anjo da morte se aproximava.
__Que bom que voce não ficou aborrecido com meus adiamentos! __suspirou aliviado o monge. __Tive medo de que você tivesse desistido. Vai mesmo me levar para a glória eterna? O anjo levando-o para o céu, lhe respondeu: __Não sou eu que levo você para a glória... Você já estava lá há muito tempo.
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